O centenário 100 anos depois – Persistências e mudanças na cena urbana carioca

Entre 1920 e 1922, tendo como um dos argumentos a preparação da cidade para a celebração do centenário da independência brasileira, o prefeito Carlos Sampaio realizou uma série de obras no Rio de Janeiro. Também como parte dessas comemorações, foram organizados três eventos esportivos. Num deles, foi promovida uma maratona cujo trajeto passou por pontos fulcrais das reformas urbanas executadas. Cem anos depois, quando completamos o bicentenário do rompimento dos laços coloniais com Portugal, este livro pretende, ao seguir o percurso daquela corrida, perceber o que ficou e o que não mais existe daquele tempo.

Trata-se de uma obra de difusão. Não é nosso intuito proceder uma análise/interpretação aprofundada sobre o tema. Com o contraste de imagens, o que desejamos é oferecer uma oportunidade para que se conheça algo sobre o Rio de Janeiro nesse último centenário. Considerando o momento pelo qual estamos passando na cidade e no Brasil, uma pergunta básica se impõe: o que temos a comemorar?Ainda que tal resposta não seja explicitamente o cerne do livro, é seguramente algo que jamais saiu de nosso intuito. Em última instância, é uma declaração de amor à Cidade Maravilhosa, esse canto de terra que, a despeito de todos os problemas, segue nos emocionando.