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O futuro da música local – XXX Peripécias e desenhos – 2ª edição
Pela primeira vez publicado no Brasil, Morton Fedman é um compositor vanguardista americano. Amigo de John Cage, trabalhou com o que ficou conhecido como música indeterminada.
Os textos deste livro foram falados e desenhados durante um seminário em Frankfurt. Juntos, desenhos e textos, são quase uma partitura para gestos e voz. Juntos, ganham relevo e ressonância, e reverberam: entre palavra e imagem, entre risco e voz, entre som e superfície. Música-pintura, quebrada, vibrante.
A linguagem aqui é de novo musical, à procura do tom entre palavra falada, palavra escrita e palavra desenhada. Harmonia de traço e ruído. No momento em que nos aproximamos destes textos e desenhos, este livro vira música.
Morton Feldman foi um compositor vanguardista americano, associado a John Cage. Feldman estudou composição com Wallingford Riegger e Stefan Wolpe. Na década de 1950, muito mais influenciado por pintores expressionistas abstratos do que por outros compositores, ele começou a usar um método de notação gráfica que incluía dispositivos como indicar o comprimento de uma nota por uma linha horizontal desenhada na partitura ou especificar o número de notas para ser reproduzido em um segmento por um número. O tom e o ritmo foram indicados em termos muito gerais, sendo o interesse principal a manipulação de densidades e timbres contrastantes, normalmente tocados de forma suave. Após mais experimentos na década de 1960, ele voltou à notação convencional em suas composições. A música de Feldman era tipicamente minimalista em sua simplicidade, austeridade e qualidade meditativa. Ele explorou os timbres originais por meio de repetições lentas de sons suaves e não relacionados, criando um clima silencioso e etéreo com eles.