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Solo da Cana
Solo da Cana, texto e atuação de Izabel de Barros Stewart, com direção de João Saldanha, é uma peça-manifesto que dá voz a uma cana-de-açúcar em corpo de mulher. No palco, com apenas um banquinho, uma trouxa e uma garrafa de cachaça, a atriz convoca o público a ouvir uma gramínea insubmissa, que revela a história de violência e exploração inscrita em nossos solos, corpos e memórias. Entre cantos, ironia e fabulações poéticas, a cana-mulher denuncia os impactos da monocultura, da colonização e do capitalismo contemporâneo, ao mesmo tempo em que reivindica a festa, a pluralidade e a potência da Terra. Um trabalho de ecodramaturgia visceral que propõe repensar nossa relação com o planeta e com as heranças coloniais que ainda moldam a vida no Brasil.
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“Solo da Cana, texto e cena, é um experimento, uma espécie de sortilégio. Um texto-praga, um depoimento vegetal de uma cana destemperada e sedenta por mudança. Fruto de náusea destilada para produzir encantaria, na tentativa de refazimento das relações que nos colocam em contato. Um convite pra gente se ver, tecer algum verso que nos mova desse lugar mau parado.”
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Izabel de Barros Stewart
Izabel de Barros Stewart é dançarina, performer, preparadora corporal, professora e, desde 2003, mestra em Dança pela Universidade Paris 8. Iniciou sua trajetória na dança nos anos 1990, integrando o Atelier de Coreografia, sob a batuta de João Saldanha. Trabalhou, na década seguinte, como bailarina e assistente de direção de Dudude Hermann, na Cia Benvinda de Dança, e como professora no Departamento de Artes Cênicas na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em Minas Gerais.