Descrição
Muito se fala e pouco se discute sobre curadoria. Este ensaio pretende ser uma espécie de genealogia do gesto curatorial a partir de dois autores que jamais se assumiram como curadores: Marcel Duchamp e André Malraux. Um artista e um escritor militante que, através de dois projetos bastante idiossincráticos, o museu portátil e o museu imaginário, fizeram da dimensão relacional e da montagem, um gesto crítico, experimental e pedagógico.
O atual protagonismo do curador é parte de um jogo interessado do mercado. Entretanto, essa função surge a partir de questões constitutivas do campo da arte no século XX. De forma bastante circunscrita a estes dois autores e sem querer tratar de exposições e curadores canônicos, este livro é uma reflexão que articula a dimensão teórica com as inquietações contemporâneas da atividade curatorial.