Descrição
Toda noite,
perdia um ou perdia dois.
Toda manhã, como de se esperar,
seus dentes inteiros afixados gengiva adentro.
Para Julio,
peregrino obstinado e diligente,
de tantas recorrentes viagens errantes noite adentro,
sabia,
a cada dente caído em sono,
morria um de seus sonhos.
Quando chegou aos quarenta
já não lhe restava quase nenhum.
Desperto e descrente
foi lá e arrancou seus todos dentes.
E dizem que foi assim que nasceu mais um de tantos conhecidos tolos
[de sonhos banguelas que vagam pelo mundo.
O livro vem com as páginas enumeradas fora de ordem, você pode ler seguindo a numeração, seguindo a sequência da impressão ou pode fazer a sua ordem… vale muito conferir todos os sentidos desses encontros!