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A outra vida
A outra vida apresenta a ficção disruptiva e impactante desse autor que vem sendo cada vez mais reconhecido como um expoente importante da literatura latino-americana. O livro se apresenta como um programa, para a geração, de uma nova escritura, e não por acaso ocorre também no período em que Ariel Luppino se aproxima de Mario Bellatin.
Este é o quinto livro de Ariel Luppino e pode parecer uma escolha editorial arriscada e controversa publicá-lo em português pela primeira vez justo com esse texto. Por um lado, porque é apresentar ao leitor a obra de Luppino já em movimento, isto é, começar pelo meio, sem chão onde se escorar e sem porto aonde ir. Por outro lado, porque não se trata mais de uma novela, como seus livros anteriores, com trama e personagens bem definidos. É um livro composto por fragmentos, entre a biografia, a filosofia e a teoria literária, e que parece propor, como diz o escritor Francisco Magallanes, editor argentino de Luppino e responsável pela editora Club Hem, uma “ontologia da escritura”.
O livro narra em primeira pessoa a história da relação entre o Decapitado, o Monstro e o Sol Final. Nomes que podem ou não ser, como diz Luppino, representações de Marcelo Fox, Alberto Laiseca e Ithacar Jalí (outro personagem mítico da Buenos Aires dos anos 60, primo de Chê Guevara, performer e místico).
É um livro ágil, que discute a ideia de escrita/escritura ao mesmo tempo em que trata esses temas na própria narrativa ficcional. Um livro que abre para leitores e leitoras a experiência da inventividade da escrita contemporânea.
Ariel Luppino nasceu em Monte Grande em 1985. É escritor, editor da Ediciones Chinatown e diretor do Museu Oculto. Publicou Las brigadas (2017), Las máquinas orientales (2019), ¡Paraguayo! (2020), Serbia o no Serbia (2021), Tratado de insectología (2021) e La Otra Vida (2022), entre outros textos. Mas também criou objetos, como a Caja Maga (2022) e o Ejemplar único (2022). La Otra Caja é seu projeto mais importante além da escrita. Sua obra já foi traduzida para o italiano e o português.