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uma ilha não é um fóssil
uma ilha não é um fóssil é um livro tecido por linguagens que se entrelaçam e se suplementam. A beleza e a aridez das imagens contidas na obra friccionam a palavra precisa da autora, que constrói uma escrita híbrida entre o ensaio poético, o fragmento e a anotação. A escrita atravessa temas como a extinção, os vestígios, a vida de objetos inanimados, a ausência, a compostagem do corpo, a tensão entre permanência e transitoriedade, os limites das fronteiras e o percurso depois do fim.
Jul articula uma narrativa que desafia gêneros, fundindo ensaio, poesia e ficção contemporânea com rigor e delicadeza. Sua escrita também se aventura numa interlíngua marcada por influências do castelhano, reflexo de sua trajetória no Uruguai – o que confere à obra uma camada adicional de deslocamento e porosidade linguística. As fotografias que acompanham o texto não ilustram: são parte indissociável da narrativa, expandindo o gesto poético.
Um livro único, em que imagem e texto se afetam mutuamente, provocando uma experiência sensorial intensa, que reverbera – em movimento contínuo – no corpo de quem lê.
Jul é artista e editora da Numa. Atua como jurada do Balada do Livro Inteiro desde 2022 e publicou quatro livros, sendo o mais recente uma ilha não é um fóssil. Tem formação em Dramaturgia (SPET) e Escritas Performáticas (PUC-Rio), entre outras invenções. Como performer, participou de residências e trabalhos em diversas cidades da América Latina. Interessa-se pela fusão entre arte e encantamento, movendo a criação a partir do corpo e da escuta. Nas horas vagas, é instrutora de meditação e joga como fixo no futsal de várzea.