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As onças-pintadas do Catumbi
E o que é o Bafo da Onça? Uma das nossas melhores tradições carnavalescas de rua.
“No Catumbi, bairro de encruzilhadas, viveu Pixinguinha, o maior nome choro. A casa do seu pai era conhecida como Pensão Vianna pela frequência constante dos músicos mais importantes da cidade – entre eles o modernista Villa-Lobos. Foi no clube Astória, também no Catumbi, no começo dos anos de 1970, pelas mãos de Mr. Funk Santos, que surgiu o primeiro baile efetivamente black na cidade. Historicamente marcado pela diversidade étnica, o Catumbi é uma região de festas, de celebração, seja religiosa ou profana, ou, na nossa melhor tradição, profana e religiosa, a exemplo dos ranchos, cordões, sociedades, escolas de samba e bloco de carnaval. E o bloco carnavalesco Bafo da Onça surge dessa riqueza de etnias e de inventividades artísticas que nos traz um legado do tempo áureo do bairro. Tempo esse que passou a ser cerzido pelas mudanças urbanísticas que desfiguraram o bairro na construção do viaduto Santa Barbara e, posteriormente, na inauguração do Sambódromo, em 1984.
Em um texto preciso e fluido, os autores mergulham na história do bairro do Catumbi e da cidade do Rio para compreender a vitalidade e a energia que movem a existência do bloco carnavalesco Bafo da Onça. Como Ana, Jorge e Diogo salientam: ‘O nosso bloco de carnaval está no emaranhado de memórias, identidades e vivências que forjam o território de práticas sociais, culturais e religiosas de marcante presença negra e africana na/da cidade do Rio de Janeiro.'”
André Diniz
Anna Thereza de Andrade Barbosa é cientista Social em formação pela UFRJ. Pesquisadora de memória e cultura da cidade do Rio de Janeiro. Autora acidental. Entusiasta do mar.
Diogo Cunha é pesquisador de conteúdo e iconográfico. Também é um seminovo autor de uma dezena de livros sobre música brasileira. É torcedor do Boêmios de Irajá, do Galo de Ouro da Leopoldina e de Emilinha Borba.