Seu carrinho está vazio no momento!

Murilo Salles – Fotografias 1975-1979
O livro traz um trabalho inédito do cineasta e fotógrafo Murilo Salles: a fotografia ensaística.
Durante cinco anos, após ter fotografado Dona Flor e seus dois maridos e já considerado um dos mais talentosos fotógrafos do cinema brasileiro, com apenas 25 anos, Murilo se jogou na estrada com sua Nikon F2 a tiracolo. Ele rodou o mundo, de Nova York a Paris, Roma e Maputo, até voltar ao Brasil para as filmagens de Cabaré Mineiro. Nesse tempo, produziu um trabalho de pesquisas e treinamento que revela porque Murilo se torna, tão precocemente, uma referência como fotógrafo de cinema.
Murilo Salles Fotografias 1975-1979, da Numa Editora, apresenta 116 fotografias escolhidas dessa época, feitas entre 1975, no set de Dona Flor e seus dois maridos, e 1979, no set de Cabaré Mineiro.
“As fotografias nesses cinco anos serviram, principalmente, para treinar o árduo caminho no uso da cor, do contraste e nos limites da exposição. Uma experiência que foi intensa e radical”, comenta Murilo no texto do livro, que tem projeto gráfico de Rara Dias, parceira também na escolha das fotos e das composições temáticas entre elas. Mauricio Lissovsky assina o ensaio crítico e o livro conta ainda com uma cronologia do autor. Mas não esperem título, lente e demais informações sobre cada foto. “Não coloco título nem digo onde tirei minhas fotografias porque isso não é importante. O que interessa é a imagem. No título do livro está escrito o período em que elas foram realizadas porque acho importante perspectivar a época que estava fazendo essas fotos. A mais nova tem 40 anos!”
Mauricio Lissovsky
Murilo Salles é fotógrafo, cineasta, roteirista e produtor nascido no Rio de Janeiro em 1950. Seu primeiro filme, o longa Nunca fomos tão felizes (1984), foi premiado nos festivais de Gramado, Brasília e Locarno. Como fotógrafo, começou em Tati, a garota (1972), o primeiro filme de Bruno Barreto, com quem também fez A estrela sobe (1974) e O beijo no asfalto (1980), além do grande sucesso Dona Flor e seus dois maridos (1976). Outros destaques de sua carreira como diretor de fotografia são Cabaret mineiro (1980), de Carlos Alberto Prates Correia – premiado no Festival de Brasília e no Festival de Gramado –, e Eu te amo (1981), de Arnaldo Jabor – com o qual ganhou mais um Kikito de fotografia em Gramado. Ao longo dos anos 1980 e 1990, fotografou e dirigiu mais de 200 comerciais. Em 1992, criou a própria produtora, a Cinema Brasil Digital que, entre outros, lançou o Árido Movie (2005) de Lírio Ferreira, que ganhou o prêmio de melhor fotografia no 10º Cine PE.